sábado, janeiro 26

O CIRCO VEIO À CIDADE

É o meu circo em viagem
Enriquecido em imagem
Solstício do sabor!

A minha tenda em vantagem
Sobre a trupe pajem
Que me arrasta extintor!

A aurora da verdade
Metamorfose do visto
Que se desfaz em riso

- Minha alma em risco!

O espectáculo na estrada
Sociedade errada
Pela sensibilidade encontrada
No artista fanfarrão!

O meu tolde de formol
Que cobre em sombra do sol
Os palhaços do caixão!

Uma performance de actores
Narizes vermelhos em clamores
Pela veracidade em humores
Na jaula do leão!

Mais uma cidade que me recebe
No auge seu ridículo
Sob o tolde da emoção!

Lá vai meu circo embora
Abandonando gargalhada outrora
Sintomática satisfação!

E para trás os palhaços
Que nas cidades ficam
Os seres que para sempre magicam
A continuidade da Razão!

Só porque o mundo é uma cidade
Uma crescente saudade
Do que nunca teve na mão!

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