sexta-feira, julho 4

Este poema
Não é poesia das pessoas
Nem tão pouco minha

É para os gestos infames
Da alma, um grito
Que brota dos dedos
Das turvas águas que lavam
A pureza enganadora
Dos símbolos

Só porque
A felicidade, é um cão
Que nos morde,
A mordidela dos costumes
A esconder as obscuras marcas
Dentadas do tempo.

Puxa-nos a carne,
Tal como fraldas
Duma camisa desbotada.

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