quarta-feira, agosto 30

Concavidade colorida













Alvorada tardia
Nesta noite viscosa
Numa concavidade colorida
De vontade solar,
Necessidade rugosa
Entre a mata selvática
Duma simples gramática
Que não tem um lugar,
Preciosidade distante
Leitosa e extremosa
Contudo no sítio
Há que hesitar,
Ilusão de ardósia
De frieza do presente
Que no entanto se mente
E não pára para pensar!
Palavras deliciosas
Absorventes abstractas
Em passado sombrio
Que nos podem acordar
Vontade e vitória
No futuro iluminado
Ofuscantes detritos
Do que tarda em chegar.
Libertina memória
Em que reza a história
Que a rima repetitiva
Já começa a enjoar
Alegria descritiva
Ridículo substancial
Necessidade libertina
Clarificante na noite…
Verdade ventosa
Dentro de todas as gentes
Que se sentem dementes
Pelo querer não conseguir,
Membrana branca fina
Invisível quase transparente
Que visualmente evidencia
A obrigatoriedade de agir:
Utopia realista
Sem necessidade chupista
Filosofia de equilibrista
Pureza e destreza
Na adversidade submissa
Da simples observação

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