No autocarro, a concórdia sublime.
A voz rouca despoleta do silêncio
um coro impaciente prestes a explodir.
Esperou demasiado, os outros também,
esperavam-no como um Messias
dos transportes públicos. Uma hora
de atraso era demasiado, ia dizendo.
Prontificou-se também a berrar que não permitiria
a leitura do seu passe. Chamem a polícia
era a sarcástica palavra d´ordem. Querem
que andemos de autocarro, muito bem
mas esta merda não pode acontecer.
Quase se espumava da boca. Vociferou
foi apoiado, e ovacionado lá saiu.
Fez-me lembrar os intelectuais da nossa praça,
talvez um pouco mais complexo e causídico.
terça-feira, agosto 26
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