As gaivotas no céu pastoso da tarde
Choram cada vez mais, um choro agudo
De agonia, uma emaranhada conspiração
Para com os homens. Enquanto as observo,
Acendo uma tocha para a morte
No telhado sobrepovoado
Uma dança permuta, penosa
Fulminante e
Agitada
Uma destaca-se, serena,
Parabólica como o final da tarde
Procura e aproxima o horizonte
Numa língua estranha, selvagem
Leva-me até gritos agoniantes, a um ser que me traz
Prisioneiro, lancinante bailarino etéreo do corpo
E é então que as telhas ruem, que
Os sentidos roçam o absurdo. Tudo se resume
A um cigarro já apagado, ao verão, a gritos
Irreverentes a perpetuarem-se na noite
Alienados hábitos que incomodam quem dorme.
domingo, julho 20
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