quinta-feira, março 27

DA MAGIA DOS TEUS DEDOS

Sempre que estou na sua presença
Apenas eu e o seu corpo magnético

As minhas mãos
Ganham uma força férrea delicada
Que lhe percorre o corpo

A sua rata é quente
Uma rata que a contraria
Que transforma o seu não
Num sim ofegante do desespero consentido
Voz imersa na panóplia dos sentidos

As suas ancas são sedosas
Como lombinhos em vinha de alho
Impelem-me a beijá-las
A ferrá-las ao de leve e agarrá-las firmemente

Os seus seios
Voltas perfeitas suculentas

O seu cabelo
Lianas encaracoladas e selvagens
Emaranhado labiríntico que faz de mim
Fantoche da sua sensualidade capilar

O seu corpo

Contrai-se
Estremece
Arrepia

Diz que não diz que sim
Torna-se veículo
Do instinto mais primitivo

A sua voz
Sussurra injustiça
Relembra-me que tenho que ir

Que vai ter que se masturbar

Que não quer masturbar-se porque vicia

Que a solidão na cama
Relembra meus dedos
Que variam na amplitude

Desejo lânguido
Dos seus lábios rosados

1 comentário:

Unknown disse...

urge saciar a fome!
legalmente, convém que o canibalismo não se torne completo... senão haverá problemas. o estado não quer que as pessoas se devorem.

aquele abraço!