domingo, janeiro 6

CASALMA

Frio de lenha húmida
Nesta manhã dos pássaros

Dos cantares que preenchem
A floresta citadina.

A fachada desta casa
Que me olha bem alta
Algo esconde,
O tempo passou por ali.

Mostra-se baú do mistério

Despoletar da curiosidade…

Tesouros vários
Utensílios da prática ancestral
Arte a descoberto
Para lá do manto de paredes.

O chão range, oscila
Sob os passos pesados
Da minha necessidade,

Curioso poeta da matéria

Alma que se escreve

Pesado ser ao encontro
Do pó acetinado

Acto corpóreo como a carne
Que me é vida.

Sem comentários: